Naquele dia do ano de 1963,
Almiro Mesquita não pôs a canoa no mar
e aconselhou os companheiros a se aquietarem,
com receio da alvorada avermelhada demais.
E alguns já murmuravam
contra a caduquice do velho pescador,
quando começou
o tormento das árvores nas garras dos ventos,
o morticíniodas aves nos ninhos,
o destelhamento dos tetos,
o desespero de quem estava em mar aberto,
a despeito dos sinais da natureza.
Naquele dia morreram muitos,
ninguém da Fortaleza.
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