Na casa de meus avós não tinha luz elétrica,
mas havia lampiões e lamparinas iluminando
o pedaço do escuro
entre o jantar e as orações.
E o restante do breu não nos afetava
porque no nosso sono
havia a luz dos sonhos,
até o sol intrometer-se
entre os vãos das telhas para avisar
a hora de acordar.
E o fogão a lenha, graças a Deus e à Vovó,
já irradiava luz, calor,
cheiro de café fresquinho,
inhame, mandioca e cará.
Bons augúrios para o dia
que estava por começar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário