No asilo do Sertão da
Quina,
na páscoa de 1992,
com mais de cem anos de
idade,
Maria Galdina partiu para o céu
deixou sua maior riqueza,
um conjunto de canecas
de ágata
que ganhou na época da
inocência,
quando todo estranho
bem vestido
era chamado de doutor,
quando todo forasteiro era bem recebido,
quando se acreditava na gratuidade das intenções
e na boa vontade das
pessoas.
E foi por isso que Maria Galdina,
nascida na praia, morreu no sertão.
E foi por isso que Maria Galdina,
morta na Terra, renasceu no Céu.
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