A maioria dos poetas
carrega um farnel
de poemas e solidão
e deles se alimentam
como o vulgo
tira o sustento do pão.
Mesmo com namorada
mesmo com o pé na estrada
mesmo com profissão
sua vida verdadeira
desenvolve-se na solidão.
Mesmo em praças públicas
ou em portas de bares
ou no burburinho dos lares
o poeta estrito senso
somente será encontrado
no cultivo do silêncio.
E acham graça e lirismo
em nuvens de calças
em ruas de cataventos
nas cinzas das horas
em anjos depenados
e corações disparados.
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