quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Vindo de Santa Catarina

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Passa árvore, passa poste,
passa torre e boi na linha,
passa cedo passaredo,
passa bela passarela.
Passa casa, passa fábrica,
passa chaminé, passa fumaça,
e até mesmo é passageiro o aceno 
da menina que passa.
Passa um carroção de nostalgia
nos campos de transalém...
se o pranto nasce dos olhos,
donde vem o sorriso, meu bem?
Passa tudo, passa o tempo,
passa rápido minha gente,
passa o dia, passa a noite
e passarinho passa rente.
Ai, valha-me Santa Catarina,
e não é que na bagagem
a danada da saudade
veio junto clandestina?

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