Montanaro não tinha nome, só sobrenome,
e um buick anos 50, que também era sua casa,
que ficava estacionado
em um canto do quintal de Dona Jovina.
Sua profissão era abrir poços artesianos
Para tirar água do chão para um bocado de gente,
Menos para ele próprio,
Cuja grande sede era por aguardente.
Quando não teve mais freguesia,
Ajeitou sua bagagem,
depois partiu sem se despedir de ninguém
porque isso é bobagem,
mas teve a delicadeza de ir-se antes de nascer o dia.
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