As mamangavas
cantavam música de ninar
para meu bisavô,
enquanto escavavam tocas
nas paredes de pau-a-pique.
E debaixo do assoalho
uma família de lagartos
morava e ainda mora.
Quem quiser que vá ver
lá na praia da Fortaleza
enquanto a casa, pobrezinha,
maltratada e em ruínas
ainda resiste em pé,
igual à imagem que restou,
após 35 anos,
de meu saudoso bisavô.
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