Um viva para o artista
que trabalha em ofício
de cultivar o chão,
ou de peão de gado,
ou de operário em construção,
com um violão na cabeceira da cama,
que é ponteado à noite e fins de semanas,
apresenta-se em porta de bar,
ou em dança em roda de quintal,
com notas tiradas nas cordas e no tampo,
temperadas por cerveja e cachaça
até entortar os ritmos
subverter as melodias,
fazendo mais claras as noites,
tornando mais alegres os dias.
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