Dormem as gentes nas tarimbas,
dorme a rede no varal,
dormem as brasas sob as cinzas,
dorme a lenha no quintal,
dorme a cachaça na pipa,
dormem os bichos no curral.
A coruja é o vigia noturno
e dá o sinal de alerta,
uma sombra se esgueira
sob as bananeiras
em direção ao galinheiro,
bambus quebrados,
escarcéu de penas e brados,
galinhas, cães desatinados,
mais alto latiu a espingarda
e um facho foi aceso
para botar ordem na madrugada.
Nenhuma vítima
fora a paz perturbada.
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