terça-feira, 13 de julho de 2021

Valente, meu barco









Quando crescer eu vou comprar um barco à vela

para me levar aonde o vento sopra,

vou pintá-lo de nuvens e ondas

e chamá-lo de valente.

Vou deixar de bobagem,

navegar só de cabotagem,

ter amigos em cada porto,

pescar o peixe grande e soltar o filhote,

assistir o espetáculo dos golfinhos,

respeitar os sinais dos tempos,

fugir das tempestades,

e ter tenência das coisas,

pois, como disse vovô José:

"escute e veja se não erra,

o pior dos tubarões

muitas vezes está em terra".





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