No morro da espia
ficava alguém de boa vista
a olhar o horizonte
à espera dos sinais das tainhas,
que não tinham hora para chegar.
Caiçara nenhum ia trabalhar na roça,
nada de namorar,
todos ficavam de prontidão
à espera do toque do búzio
para lançar a rede ao mar
e começar a labuta
de remar a canoa,
de cercar o peixe,
de puxar os cabos,
de sentir o peso do cardume
de trabalhar e festejar,
na época em que os pescadores,
vizinhos ao paraíso,
viviam na orla do mar.
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