sexta-feira, 18 de outubro de 2019

Abram as portas










Despertar com o cheiro do café
feito por Vovó no fogão a lenha
ou acordar com a claridade do dia
que entrava por todas as frestas
das telhas feitas nas coxas
da casa de caiçara onde cresci?
Brincar de ser criança na areia da praia
ou voar com os pássaros em pensamento?
Jogar bola na areia rente ao mar
ou se fazer de peixe que fura
as ondas da Praia da Fortaleza?
Averiguar se tinha araçá docinho no quintal
ou espiar as jabuticabeiras
para ver se havia frutos maduros nelas?
Muitas eram as possibilidades para o futuro,
eu nasci em uma casa de muitas portas e janelas.

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