O cego Doquinha tocava seu violão
no banco da praça da vila de pescadores.
- Vamos embora, Doquinha, que logo vai chover!
- Menino, enquanto o vento soprar de leste,
e as nuvens continuarem a grimpar a serra,
vou ficando por aqui, me acabando de cantar,
continuando a viver.
Me avise quando as nuvens retornarem ao nascente,
quando o vento inverter.
Só depois, tenha fé, é que vai chover.
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