terça-feira, 23 de maio de 2017

Viagem para a França














Um menino de chinelos desce do ônibus
no bolso nenhum tostão, só o passe de volta 

que o anjo da guarda
ajuda a guardar com muito cuidado.

Ai se perdesse,
não teria como voltar para casa
quase 10 km distante.
O estudante leva uma pasta plástica
com cadernos e estojo.
Livro só um, le français par la méthode directe, Ed. Hachette,
que foi pago em parcelas para a Madre Glória,
professora daquela matéria,
e que agora vai conjugando pelo caminho
je suis, tu est, il est, nous sommes, vous êtes, ils sont...

Os meninos daquela época se quisessem
podiam passear por Paris. 
Eu quis.







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