Tio Antônio tinha uma roça
que produzia milho, mandioca, feijão,
para a família, pássarinho e ladrão.
– Não vai dar parte na polícia, Antônio?
– Mas por que? Se estão tirando de mim,
que sou tão pobre, devem estar com mais fome do que eu.
Pronto, o poema-história está feito e agora está na hora
de levantar a bunda da cadeira
e ver a poesia acontecendo na igreja,
na solidariedade, nas ruas e praças da Terra:
na Síria e no Brasil têm refugiados,
de antigas e novas guerras.