domingo, 31 de março de 2019

Letra minha, música do Régis: amar o mar
















Vamos caminhar pelas praias
vamos com esperanças
de ver as marcas dos viventes:
pássaros, siris, crianças.

Vamos caminhar de mãos dadas
vamos espiar as lembranças
dos antigos senhores do mar
lançando a rede para pescar.

Seja minha companhia
dê-me apoio e coragem
quero ver o manguezal
onde mar e vida interagem.

Vamos abrir um novo caminho
vamos tocar as ondas
vamos ousar, vamos amar o mar.



sábado, 30 de março de 2019

Outras riquezas












Na praia da Fortaleza
o Dario pescador é mestre da viola
e seu filho Elias faz o cavaquinho chorar,
Maneco Almiro do canto da praia
aprendeu sozinho a tocar rabeca
para ser um astro da folia de reis
e o cego Doquinha tem pão e pouso
em troca de modinhas.
A gente é pobre,
o lugar é acanhado,
a alma é rica,
o coração desmesurado.

sábado, 23 de março de 2019

Até parece poesia














São Francisco falou com os bichos,
São José de Cupertino andou nos ares,
Santa Clara de Assis enxergava à distância,
Santo Pio de Pieltrecina desviou bombas no ar,
São Paulo ressuscitou um jovem,
Santa Rita de Cássia conversou com anjos.
São Simão do Egito fez a montanha mover,
São Pedro curou um coxo,
São João Bosco multiplicou pães
e Santa Bernardete virou bela adormecida.
E ainda há quem diga
não ter espaço pra poesia
na rotina do dia-a-dia.

sábado, 16 de março de 2019

Fernando e outras pessoas


Quem vive entre livros nunca fica na solidão,
por exemplo, só eu e Fernando Pessoa
já somos quase uma multidão.

sexta-feira, 8 de março de 2019

8 de março



Menina pode usar rosa, branco,
preto, vermelho, amarelo
ou nenhuma das alternativas,
só não quer ser
classificada ou crucificada
pela hipocrisia da ministra sinistra
ou dos "homens de bem":
ninguém larga a mão de ninguém!

sábado, 2 de março de 2019

Viva Manoel de Barros




Borboletas são cores que voam!


Força, Lula!


Um universo de poesias


Dá para fazer poesia
juntando mar com canoa,
canoa com praia,
praia com areia,
areia com pedra,
pedra com água,
água com peixes,
peixes com manguezal,
que combina com biodiversidade,
que rima com um mundão imenso,
não por simples casualidade.



Poema à beira do riacho












Rios e riachos levam serra abaixo
água doce em primeiro lugar
para temperar o sabor do mar,
levam também as saudades
escritas em um barquinho de papel:
"Era uma vez uma família de pescadores
que colhia o sustento
em um cantinho do Atlântico,
no litoral do Brasil..."
Mas o barquinho caiu no redemoinho
e aquilo tudo sumiu.